O TIRO COM ARCO:
TIPOS DE ARCOS:
Para saber mais sobre os tipos de arcos mais utilizados, selecione na lista ao lado
O ARCO RUDIMENTAR
Durante muito tempo o homem procurou o aprimoramento tanto dos arcos quanto das flechas em questão da precisão.
Os primeiros arcos eram obtidos basicamente ao se envergar um bastão de madeira e amarrando uma corda às extremidades. Utilizavam-se madeiras flexíveis e fibrosas para tal.
E assim foi até a era medieval onde arqueiros ingleses e franceses guerreavam valendo-se de arcos do tipo Longbow (arco longo). Este tipo de arco tinha envergadura quase do tamanho do próprio arqueiro.
As flechas eram fabricadas de varetas de madeira ou bambu às quais se acrescentavam pontas de metal fundido e penas das asas de aves como peru ou ganso à parte posterior da flecha para dar estabilidade ao vôo.
Mas a busca por arcos mais velozes continuava e a aplicação de materiais compostos como chifres, resinas e outras madeiras foram utilizados.
O ARCO RECURVO
Descobriu-se que ao envergar um arco no sentido contrário à sua curvatura podia-se obter maior força para retesar o mesmo e ainda acrescentar velocidade à flecha. Daí surgiu o arco recurvo.
Este tipo de arco passou a ser utilizado por arqueiros em competições até a década de 30 quando surgiram os primeiros arcos desmontáveis. Isto permitiria facilitar o transporte do equipamento em estojos menores e até a substituição das lâminas (parte responsável pelo esforço e aplicação da potencia à corda) por outras mais fortes.
O responsável pela fabricação dos primeiros arcos deste tipo foi o Sr. Earl Hoyt. Denominado TD1 (Take Down 1), era fabricado com empunhadura em magnésio fundido e lâminas de madeira.
Desde então os fabricantes passaram a investir em materiais modernos como as ligas de alumínio, fibras e espumas de carbono, e até cerâmica.
Nos dias de hoje a grande maioria dos arcos de competição são fabricados em alumínio e fibra de carbono. Utilizam lâminas recurvadas, presas às empunhaduras por meio de encaixes padronizados de forma que lâminas de um determinado fabricante possam ser usadas em empunhaduras de outro fabricante.
Isto permite uma variada gama de configurações de arcos que atendam a todos os tamanhos e potências de puxada.
Arcos recurvos de competição
Lâminas recurvadas de competição
O ARCO COMPOSTO
Desde a década de 60, pesquisadores buscavam desenvolver arcos mais potentes e compactos. Foi quando surgiu o arco composto.
Utilizava basicamente uma empunhadura como a do arco recurvo, porém com lâminas mais curtas e que tinham polias fixadas na extremidade de cada lâmina. Destas polias partiam cabos de aço até a extremidade oposta do arco de forma que ao se puxar a corda, estes cabos se enrolavam nas polias e ajudavam a reduzir a força usada para retesar o arco.
Vários modelos de arcos compostos apareceram desde então, inclusive arcos bastante extravagantes que utilizavam até seis polias. Outros tinham aparência de arco recurvo e suas polias estavam localizadas junto à empunhadura.
Mas uma coisa era certa. O arco composto conquistou seus adeptos e hoje é considerado a mais mortal as armas brancas e também o mais preciso lançador de projéteis por ação de mola.
Cabos e corda são presos às polias para diminuir a força exercida pelo arqueiro
Polias podem ser fabricadas em diversos formatos
Arcos Compostos modernos.
À equerda um arco de competição. À direita, arco de caça totalmente equipado.
Gráficos de força em diferentes tipos de polias
Durante a puxada da corda, o esforço necessário para a abertura de um arco composto pode ser traduzido em um gráfico com o mostrado acima. Neste pode-se notar diferentes curvas de esforço para cada tipo de polias disponíveis no mercado.
Logo ao início da puxada percebe-se um aumento súbito da potência. A potência se mantém ao máximo durante boa parte da puxada, que é chamada de "potência de pico". Ao final da puxada a potência cai bruscamente. A esta parte do gráfico dá-se o nome de "vale da puxada", onde a redução de potência pode chegar a até 80% da "potência de pico", dependendo do formato das polias.
Devido também ao formato das polias, fica impossível puxar a corda do arco além do "vale da puxada".