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BIOGRAFIA

Roberval F. dos Santos

 

 

Roberval Fernando dos Santos, mais conhecido como “Tico”, é um apaixonado por ferramentas precisas. Sua paixão por criar e pelos detalhes o levou a trabalhar e ser projetista de máquinas para a indústria mecânica.


O esporte também sempre esteve presente na sua vida. Após algumas tentativas sem sucesso no futebol e vôlei, Tico descobriu que uma “máquina” perfeita chamada Arco era o que ele precisava para unir os seus dons. O seu estilo detalhista o fez um grande entendedor dessa máquina e isso foi o primeiro passo para seus tiros perfeitos.


Em 1989, Tico comprou seu primeiro arco, mas sem grandes compromissos e objetivos. Em 1994, passou a frequentar um Pub chamado Rock´n Wood, onde aliava o esporte a uma outra grande paixão, a música. Nesse ambiente conheceu alguns atletas e passou a competir em torneios abertos de Tiro com Arco.


Em 1995, Tico iniciou sua carreira profissional e, já no primeiro ano, foi vice-campeão brasileiro na categoria arco composto. O talento era visível e sua convocação para a seleção brasileira era uma questão de tempo e aconteceu em 1996, para a disputa do Campeonato das Américas, na Cidade do México.


Em 1997, Tico quebrou vários recordes brasileiros e disputou seu primeiro Campeonato Mundial, na cidade de Victoria – Canadá, onde conseguiu a inédita 8ª colocação para o Brasil.


Em 1998, em uma competição disputada em Havana – Cuba, na disputa do round eliminatório, Tico estabeleceu à época o recorde mundial na distância de 70 metros, fazendo 176 pontos de 180 possíveis.


No Campeonato Mundial de 2005, disputado em Madrid - Espanha, Tico obteve uma honrosa 16ª colocação.


As grandes conquistas estavam por vir. Em 2006, a Federação Internacional de Tiro com Arco (FITA) criou uma nova competição: a Copa do Mundo de Tiro com Arco que deu uma grande visibilidade para o esporte no mundo, pois tem transmissões ao vivo pela TV e internet. Composta por 4 etapas, que acontecem em países diferentes, os atletas classificados entre o 1º e 16º lugares marcam pontos para a formação de um ranking. Após as 4 etapas, os 4 melhores arqueiros disputam a grande final.


E foi em uma etapa da Copa do Mundo, na cidade de Antalya - Turquia, que o hino nacional brasileiro pela primeira vez tocou em uma competição mundial. Tico venceu na final o holandês Peter Elzinga, em uma disputa inacreditável, onde após 3 flechas de desempate, o arqueiro brasileiro venceu por uma diferença de apenas 4 milímetros de distância da flecha ao centro do alvo.
 
Em 2007, Tico conseguiu se classificar para a disputa da grande final da Copa do Mundo, após obter um 3º, 4º e 9º lugares durante as etapas do ano. A finalíssima foi em Dubai. Nas semi-finais, Roberval perdeu para o salvadorenho Jorge Jimenez por apenas um ponto nas flechas de desempate. Na disputa da medalha de bronze, levou vantagem ao derrotar o francês Sebatien Brasseur, e terminou a temporada como o 3º melhor arqueiro do mundo.
 
Em 2008, na Copa do Mundo, Tico ficou em 10º lugar na etapa de Santo Domingo e em 2º lugar na Croácia, o que lhe garantiu temporariamente o 1º lugar no ranking da competição e também o atual 4º lugar no ranking mundial. Após concluídas as etapas restantes de 2008, Roberval dos Santos finalizou o ano na 5ª posição geral.
 
Também em 2008, Tico teve um grande feito ao estabelecer o novo recorde panamericano para o Round Fita (competição disputada nas distâncias de 30, 50, 70 e 90 metros). No Campeonato das Américas, disputado na Venezuela, o brasileiro estabeleceu a marca de 1.403 pontos, sendo apenas o 17º atleta da história do esporte a quebrar a barreira dos 1.400 pontos.
 
Em 2009, Tico tem grandes aspirações. E o ano não poderia ter começado melhor. Já na sua segunda competição, o arqueiro estabeleceu o novo recorde brasileiro de 1.406 pontos, estando agora há apenas 8 pontos do recorde mundial. Seu objetivo para o ano é se classificar novamente para a grande final da Copa do Mundo e disputar o Campeonato Mundial, que será realizado no mês de setembro, em Ulsan – Coréia do Sul.
 
Uma “máquina” primitiva, usada por índios em suas caçadas, se tornou o objeto que aquele projetista de máquinas industriais usou para ser o maior arqueiro brasileiro de todos os tempos e levar o nome do esporte nacional para o mundo.

 

 

 

 

Por Marcelo Roriz

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